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Imoralidade Sexual na Bíblia: Entenda os Conceitos
Introdução
A Visão Tradicional da Bíblia sobre Sexo
A Bíblia cristã é frequentemente associada a uma visão tradicional e conservadora sobre sexualidade. No entanto, uma análise mais profunda da Bíblia mostra que a visão tradicional sobre imoralidade sexual é complexa e multifacetada. Em vez de uma visão estática, encontramos uma variedade de conceitos e práticas sexuais ao longo de toda a Bíblia.
Origens da Visão Tradicional
Influências Judaicas e Gregas
A visão tradicional da Bíblia sobre sexo foi influenciada pelo judaísmo e pelo pensamento grego. No judaísmo, a sexualidade era vista como uma força poderosa e potencialmente corrupta, que precisava ser controlada pela lei e pela tradução. Já os gregos tinham uma visão mais liberal e humanista da sexualidade, mas a influência do cristianismo combinou essas duas visões.
Abordagens Bíblicas para o Sexo
O Código Moral Judia
O Código Moral do Êxodo (Êxodo 20:17; Deuteronômio 5:21) contém uma lista de proibições que incluem a adúltera, a incesto e a bestialidade. Essas proibições são frequentemente interpretadas como uma visão puritana e moralista da sexualidade. No entanto, é importante notar que elas também refletem as preocupações culturais e sociais do judaísmo na época.
O Conceito Bíblico de "Impureza"
O conceito de "impureza" ( tum'ah ) é central no judaísmo, e é frequentemente associado à sexualidade. A impureza é vista como uma condição que precisa ser purificada, e a sexualidade é um dos fatores que contribuem para essa condição. No entanto, é importante notar que a impureza também pode refletir outras questões sociais e culturais.
A Abordagem da Bíblia para o Casamento
O casamento na Bíblia é frequentemente visto como uma instituição sagrada e moralmente obrigatória. A monogamia é vista como a forma "certa" de casamento, e a poligamia é freqüentemente vistia como "imoralidade". No entanto, é importante notar que a poligamia era uma prática comum no antigo Israel, e que o próprio Jesus e os apóstolos têm relacionamentos conjugais mais complexos.
Críticas à Visão Tradicional
Feminismo e Liberdade Sexual
O movimento feminista tem questionado a visão tradicional da Bíblia sobre sexo e casamento, destacando como ela restringe a liberdade e a autonomia das mulheres. A abordagem da Bíblia para a sexualidade é freqüentemente vista como patriarcal e opressora.
Queer Theology e Sexualidade
O movimento Queer tem questionado a visão tradicional da Bíblia sobre sexualidade, destacando como ela é freqüentemente usada para marginalizar e oprimir as pessoas LGBTQ+. Uma abordagem critica da Bíblia sobre sexo e casamento deve considerar as experiências e perspectivas das pessoas queer.
Referências Bíblicas
A Lei do Levítico
- Levítico 20:1-21
- Levítico 18:1-30
O Novo Testamento
- Romanos 1:26-27
- 1 Coríntios 6:9-10
A Bíblia no Contexto Cultural
- Joel 1:10-14
- Isaías 56:10-12
Conclusão
Uma Visão Critica da Bíblia
A Bíblia cristã é freqüentemente vista como uma fonte de autoridade moral e sexual, mas uma abordagem critica da Bíblia mostra que a visão tradicional sobre sexo e casamento é complexa e multifacetada. É importante considerar as preocupações culturais e sociais do judaísmo e do cristianismo na época, bem como as experiências e perspectivas das mulheres e das pessoas LGBTQ+.
A Importância da Comunicação
A comunicação é fundamental na relação de um casal. O sexo é uma expressão da amor entre o homem e mulher, que se relaciona também com a saúde mental.
FAQ
Perguntas Frequentes
- O que é incesto na Bíblia?
O incesto é a relação sexual consanguínea entre parentes próximos.
Pode o casal ter mais de uma esposa no casamento?
Sim, em algumas ocasiões, na Bíblia, alguns profetas casavam-se.
Qual é a relação entre a Bíblia e a sexualidade?
- A Bíblia vê a sexualidade como uma potência e perigo.
Referências
- Bíblia. Tradução da Nova Versão internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995
- Müller, H. P.. A Bíblia e o Sexo. Rio de Janeiro: Record, 1998
- Schüssler-Fiorenza, E.. A Bíblia e as Mulheres. Rio de Janeiro: Vozes, 2007